segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

"Odeio panfletos e compro livros": qual a nossa relação com o papel?

Primeiro, as seguintes palavras não remetem a julgamentos, apenas em reflexões. Então, nada de atirar pedras ou bolinhas de papel sejam com folhas do "50 tons de cinza" ou panfletos de cursos preparatórios para concursos.

Por que odiamos panfletos e compramos livros?
De onde veio essa questão?

Bem, estava eu cá fazendo a faxina e me deparei com nada mais nada menos do que 10 bolsas(estilo ecobag) abarrotadas de livros(a maioria comprada apenas em 2012), agendas e pequenos blocos de anotação. Fora isso, papel, muito, mas muito papel. Inúmeros sacos (tá, umas 6 sacolas tamanho M) cheios de TDs, xerox da faculdade etc.

O que que tem? São coisas essenciais na nossa vida, alguns vão pensar. Outros vão exclamar um "que porca guardando tanta tralha!". 

Sim, guardo tralhas. 

Depois de refletir muito, cheguei a conclusão que sou viciada em papel. 
Já tentei me livrar desse vício, juro. Já juntei e ia mandar tudo pra reciclagem! Porém, sempre imagino que aquela folhinha a qual explica bem direitinho como conjugar o verbo "aller" vai me ser útil algum dia. Bem próximo. [Já faz 4 anos que larguei o francês e não tenho previsão de quando poderei voltar a estudar].

Por que odiamos panfletos e compramos livros? 

Panfletos são peças publicitárias. BEM publicitárias. Eles geralmente são feitos pra vender mesmo, não são pra ganhar prêmios. Recebemos em todo canto: no carro, no ônibus, na faculdade, no centro da cidade (vixe, no centro da cidade só o que tem!). Panfletos são chatos. 80% da população odeia panfletos. (20% ganha muito dinheiro com eles, então "panfletinhos-amor-eterno"). Odiamos panfletos. Alguns de nós guarda na mochila pra jogar no lixo, outros, no chão da rua mesmo "pra dar emprego pro gari". (urgh!) E "todos" concordam que sem os panfletos as árvores estariam salvas.

AMAMOS livros.

A maioria dos meus amigos e parentes (meu irmão mais velho principalmente) adora livro. Ah... os livros. Adoro comprar, adoro dar de presente, adoro ganhar. Cheirinho de livro novo...
Mas livros são feitos de papel.

Então, por que odiamos panfletos e compramos mais e mais livros?
Fiz essa pergunta a um amigo, dizendo o quanto sou hipócrita e paradoxal. Odeio panfletos e compro livros loucamente sem pensar em quantas árvores estão sendo cortadas para que eles sejam feitos. 

Mas aí você pensa: tá doida? Livro tem conteúdo, panfleto não! Livro tem história, panfleto não! Livro não vende nada, panfleto sim! 

Livro não vende nada? Livro não traz lucro? J.K. Rowling, tadinha, não tem onde cair morta.
E outra, tem cada livro que você vê por aí que é mais educativo um panfleto que mostra a subtração dos descontos do quilo do tomate. (Apenas reflita, não somente julgue, sou legal, juro). A árvore sofre menos se o fim dela for ser um livro? (Será?)

Então meu amigo foi simples e direto: Tablets estão aí. 
Sim, tablets! Leitura virtual! UAU! 

Odeio. Dá logo uma dor na vista. Não rola. E tablet NÃO SUBSTITUI livro, Ari!

Mas que complicação. Qual a solução pra isso? Como ajudar o planeta, incentivar a leitura e sem prejudicar a visão?
Livros com papel reciclado! 
Procure aí nos seus livros quantos são produzidos com papel reciclado. Nenhum ou uns pouquins. Papel reciclado na indústria é caro pra caramba. Panfletos com eles então! HA HA HA

É isso, eu só queria provocar essa reflexão ambiental, capitalista, cult, sentimental (pô, papel leva sentimento!).

Eu sou hipócrita, sou paradoxal. Continuo sendo uma quase publicitária que odeia panfletos, ama livros E AINDA FAZ FANZINE. (Lascou!) Se você acha que não é, que tem uma solução pra isso tudo, então me diz. Sério. Por favor.

sábado, 26 de maio de 2012

Como seria uma aula legal?


Você saberia dizer qual é a música do momento? E qual o personagem mais legal da novela das 21 horas? E quando foi que terminou a Primeira Guerra Mundial? Agora complicou? 
Para alguns, a terceira pergunta pode ser bem difícil de responder. Mas por quê? Será que é porque é mais fácil escutar rádio ou assistir TV do que ler um livro de História?
Nenhuma das alternativas acima.

Para muitos estudantes saber quando ocorreu o fim da Primeira Guerra Mundial é encarado como uma obrigação escolar e ouvir uma música ou vê uma novela não, pois estes são vistos como diversão, lazer. Então quer dizer que estudar é chato? E como seria uma aula legal?

Essa é a pergunta que todos os professores fazem antes de preparar uma aula. E sabe por quê? Porque hoje em dia não é fácil atrair a atenção de nós, estudantes. Somos muito mais informados do que as crianças e os jovens dos anos 60, 70, 80...
E isso acontece porque vocês estão lendo mais. Isso mesmo.
Ler não é só se debruçar sobre um livro. A leitura se faz também através de jornais, revistas, imagens, vídeos, quadrinhos e, olha só, através de sites, blogs e mídias sociais.
Você tem contato com tudo isso? Então você é um leitor também.

E o acesso a esses diversos conteúdos faz de nós estudantes mais atualizados, mesmo que a maioria das informações sejam facilmente esquecidas ou que não nos sejam extremamente útil para o nosso dia a dia. Afinal, a gente pode saber tudo sobre a novela das 21h, mas saber quando terminou a Primeira Guerra Mundial é muito importante para a gente tirar nota boa, não é?

E esse a aula de História fosse dada através de uma revista em quadrinho ou postada de um blog, será que a gente aprenderia rapidinho e não esqueceria?

Autora: Jeanne Gomes

Texto publicado no site: www.entrelace.org.br

quarta-feira, 16 de maio de 2012

"O armarinho rosa": um pensamento sobre consumismo/publicidade infantil


Eu sou estudante do 8º semestre de publicidade, mas antes de querer ser e de estar me formando nessa especialidade, eu tive pais muito conscientes na minha infância, que falavam abertamente(nem por isso de maneira grossa) que não iam comprar o armarinho da Barbie, com pecinhas fofas e em miniatura do jeito que eu gostava, porque este custava caro e eles não tinham dinheiro para me dar. Eu chorava? Óbvio que eu chorava. Eu era uma criança que tinha amiguinhas que tinham o armarinho e que, apesar de ser estimulada “precocemente” a ter consciência sobre a situação financeira dos meus pais, eu tinha um desejo pelo armarinho rosa com pecinhas cuti-cuti, fofinhas.

Mas de onde veio essa minha vontade? Pois as pecinhas do armário, eu tinha quase todas: os copos, garfos, colheres e pratos, só que eles foram comprados separados, não arrumadinhos daquele jeito e não eram produtos exclusivos e caros Matel. E quem foi que colocou na minha cabeça que se as minhas coleguinhas tinham, eu também tinha que ter?

No dia em que eu chorei no meio do centro da cidade e fui magoada para casa com os meus pais, foi o dia em que o fator amolação(aquilo que a criança faz de ficar pedindo, pedindo, pedindo direto) venceu a pequena consciência que eu tinha sobre as condições da minha família. E esse fator possivelmente, ou quase com certeza, foi imposto por algum anúncio que eu vi, por algum comportamento “eu-tenho-você-não-tem” de alguma colega, o qual, também é influenciado pela publicidade.

Pois bem, então quer dizer que eu quero acabar com a publicidade da Matel, da Estrela, da Tang, falir todas e deixar milhões de crianças sem brinquedo?

Sim e mais ou menos.

O que nós do GRIM propomos é acabar com a Publicidade Infantil e somos contra a criação do desejo(mais pra necessidade?) excessivo, que faz com que a criança só se ache “feliz”, se ela tiver todos aqueles brinquedos da vitrine.

O que esperamos é que os pais sejam sensatos e saibam que seus filhos não precisam dessa quantidade de brinquedos, que só porque ele, o filho, não tem aquele boneco de um metro e meio do Ben 10, ele deva ser desmerecido pelos colegas, que se todo dia e toda hora o seu filho beber suco Tang, ele ficará acostumado aquilo e provavelmente não vai gostar de um suco natural, etc.

Justamente por esperarmos essa consciência dos pais, é que propomos que a publicidade seja dirigida a eles. Então no intervalo do jornal Nacional o pai ficará só vendo anúncios de brinquedos e alimentos voltados pra criança?

E por que as crianças, no horário dos seus programas - pensando nos canais comerciais – podem ser “bombardeadas”? E por que um pai não pode passar 3 minutos vendo produtos rosa e carrinhos, mas quer que sua filha ou filho veja e depois o vá “perturbar” por um?

Ao imaginarmos uma dinâmica em que a publicidade é voltada para os pais, em que ela passe em horários em que eles assistam TV, nós podemos supor que, pelo menos, estas publicidades não serão tão absurdamente frequentes, uma disputando com a outra como é no horário da programação infantil. E por mais que nós saibamos que na hora da novela das 21h, a criança também estará acordada, porém com a consciência esperada, a companhia dos pais e com uma conversa a respeito daquele produto, haverá uma facilidade desta entender se precisa mesmo ou não daquele brinquedo/alimento. Bem diferente dela estar vendo sozinha e apenas absorvendo aquela publicidade sem nenhum diálogo, não é mesmo?

Até hoje, 16 anos depois, eu nunca comprei o armarinho rosa da Barbie e após esse episódio, nunca mais briguei com meus pais por causa de algum brinquedo que eles não puderam comprar. Eu entendi e qualquer criança entende, é só conversar e fazer com o que o amor e a companhia sejam mais importantes do que qualquer produto de plástico. 


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Desafios? A gente dá nossos pulos.

Muita, mas muita coisa mesmo rolou nesse tempo todo (5 meses!) que não escrevia uma linha por aqui.
Ainda bem, né? Quer dizer que eu andava muito ocupada e ocupações sempre são boas. =)
Mas vamos aos fatos.

Fato I - Oficina sobre Sustentabilidade no bairro Canindezinho - Fortaleza.

Pois foi. Eu nunca havia realizado uma oficina sobre qualquer coisa que envolvesse meio ambiente. Não porque eu não quisesse ou não sabia como proceder com essa temática, mas simplesmente porque não tinha rolado uma oportunidade. Mas, como a vida sempre nos traz uns desafios, então fui. 
Realizada com o apoio do Centro Cultural Bom Jardim, a oficina de fanzine foi um dos módulos de uma grande aglomeração de oficinas(cadernos artesanais, pinturas etc). Porém, como tudo na vida, na MINHA VIDA especialmente, nada foi fácil. 


Desafio I - Duas turmas uma só conversa.

A turma era formada por várias faixas etárias. Por que foi um desafio? Porque eu nunca tinha trabalho em uma situação assim. O público das minhas oficinas geralmente são crianças e jovens, além disso, a maioria dos espaços são escolas ou universidades. OK, você pode achar que não é lá tão difícil ensinar a fazer fanzine, ao mesmo tempo, para pessoas de diferentes idades. Já para algumas outras pessoas, isso se torna super complicado. E, lógico, como tudo na minha vida... eu só escutava gente me falando que eu iria quebrar muito a cabeça nessa situação. Então, fiquei logo muito tensa.
Mas, como Deus é bom(Amém!), eu tive uma sorte tremenda de pegar pessoas ótimas, tanto os novinhos quantos os adultos para se trabalhar. Tinham crianças de 6 anos, adolescentes e idosas de 65, 70 anos. Viu a diferença? 
Aí você pensa: "E aí, como falar para esse público tão diversificado?"


Simples, trate todos de igual para igual. Não pense que só porque aquele garoto tem 10 anos que ele não vai entender sobre assuntos como sustentabilidade, responsabilidade ambiental etc. Da mesma forma, não pense que uma senhora de 60 anos não vai entender sobre a importância da reciclagem para o futuro ou que ela não vai entender o filme
Wall-E (reproduzido na oficina). Após eu compreender que não seria adequado eu utilizar duas linguagens, uma para os mais novos e outra para os mais velhos, fui testando "trejeitos" de abordar, discutir e acabei conseguindo adaptar uma forma de explicar o que era e como fazia fanzine agregada à conversas sobre a importância de comportamentos responsáveis ecologicamente. Linguagens iguais, respeitos iguais.

Desafio II - Pesado, realmente pesado!

Além da turma de crianças e idosos, tinha uma turma que eu não enfatizei muito aqui, pois era muito pequena(apenas 4 pessoas), que era a turma dos adolescentes. Não me preocupei muito com esses, certo, achei que como todo jovem, eles iam pegam tudo no ar. Aí...como a minha vida adora um desafio...
Eis que uma das pessoas, uma jovem, de mais ou menos 16 ou 17 anos, muito calma e quieta não sabia ler e nem escrever! Poxa vida, mas o que tem de errado nisso, a não ser o fato já conhecido? Certo, não era para ser uma surpreeeesa, mas eu sou estudante de PUBLICIDADE, gente! Eu não tenho técnica nenhuma de Pedagogia(a não ser as super úteis em oficinas) para auxiliar alguém em uma condição dessa. Fiquei com um medo tremendo! Vai que eu ensino errado, vai que eu traumatizo essa menina ensinando coisas que não são próprias para uma alfabetização, eu não tenho jeito! Eu não sei o que fazer!! (Era tudo o que eu pensava).
Como Deus é muuito bom(Amém! Amém!) e uma das idosas participantes era uma professora aposentada, tudo foi se resolvendo! UFA! 
Na hora da produção do fanzine, eu fiquei mais preocupada, claro, em como a adolescente ia fazer, já que além de enfeitar e colar figuras relacionadas à temática, eu pedia para escrever o porquê daquelas imagens estarem no fanzine, ou seja, relacionar imagem e texto.
Aí, como uma professora muito atenta, a Dona Rita auxiliou a adolescente usando a técnica de colagem. Pois ao conversar com ela, percebemos que ela identificava as letras, mas não sabia juntá-las para formar uma palavra e muito menos formular frases. Ou seja, ela só sabia olhar e dizer qual era a letra A, B, C, D... etc. Percebendo a minha angústia e esse pequeno avanço da menina, a Dona Rita ajudou-a e explicou que era só ela juntar as letrinhas que ela iria formar a frase que ela queria. Então ficou assim, eu perguntava à ela o que ela gostaria de escrever, ela me dizia, eu escrevia em um papel, e ela ia identificando letra por letra. Com isso, bastava era repetir as identificações recortando as letrinhas das revistas. Pronto! Só sucesso! Ela fez 3 páginas de fanzines assim! Demorava um pouco mais, sim, demorava, mas era gratificante ver que ela conseguia se expressar através das palavras dela. Que ela conseguia expôr o que ela pensava. Cheio de letras grandes e pequenas, de fontes diferentes, mas a ideia daquela frase era dela! E isso era o que importava.




Depois desses desafios, confirmei a minha velha teoria de que a gente não deve seguir sempre um padrãozinho. Achar que tudo vai ser do jeitinho como sempre é. Devemos lembrar que cada lugar é único, cada grupo tem suas peculiaridades e cada pessoa tem sua forma de se expressar. Dá pra juntar um pouquinho de tudo, fazer umas cambiarras, uns  mashups (próximo post), mas cada um é cada um.

Amém, Amém, Amém!





domingo, 18 de setembro de 2011

Arte e Educação

Criado por alunos da disciplina Arte e Educação(ministrada por Luciane Goldberg) do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Ceará, o blog EducArte é um espaço de divulgação e interação com as atividades que permeiam o contexto da arte na sala de aula. O blog também compartilha informações sobre eventos culturais fora e dentro da Universidade. Vale muito a pena conferir!
Fonte

sábado, 17 de setembro de 2011

Problematizando...


Existem inúmeras definições para fanzine. O autor Henrique Magalhães, um dos maiores especialistas no país sobre zines, explica que “o nome fanzine é uma junção de abreviatura das palavras “fanatic”(fã) e “magazine” (revista). É uma revista de publicação alternativa, independente feita de fãs de um determinado assunto, objeto ou arte e voltado para fãs do mesmo conteúdo (MAGALHÃES, 1993). No entanto, o termo disseminou-se de tal forma que hoje engloba todo tipo de publicação que tenha caráter amador, que seja feita sem intenção de lucro, pela simples paixão pelo assunto enfocado, muitas vezes com o intuito de propagação e potencialização de ideias de grupos que não possuem acesso às mídias tradicionais.
De acordo com Magalhães, o fanzine teve sua origem no Brasil na década de 1960 e não passava de “pequenos boletins mimeografados”. A partir de evoluções tecnológicas como a popularização de fotocopiadoras, essa publicação alternativa se desenvolveu e se sofisticou. No âmbito mundial, o zine teve destaque no movimento punk o qual tinha como uma das filosofias evitar a mídia tradicional; além de ser uma prática que integrava a máxima “do it yourself” (“faça você mesmo”) e de empregar a violência estética, mas ao mesmo tempo simples muito utilizada nesse movimento.
O fanzine incorpora vários fatores que fizeram dele um objeto de estudo desta e de muitas outras pesquisas já realizadas por outras pessoas. Entre estes fatores estão a criatividade, simplicidade, liberdade e o poder informativo que este produto possui. Além disso, o zine passou a ser utilizado por alguns educadores como um recurso lúdico e educativo.  E é este potencial que procuro analisar.

Essa palavra(fanzine) é considerada marginal por ser uma publicação que cresce à margem do que se oficializou como meio de comunicação impressa oficial – os jornais e revistas – e tem crescido nas últimas décadas. Se não bastasse isso, o fanzine tem margeado a escola e, mesmo sendo de baixo custo, não o incluímos na sala de aula como um recurso pedagógico que possibilita o exercício da cidadania, da criatividade e da criticidade, além de ampliar o olhar ante as imagens que nos são postas.(NASCIMENTO, 2010, p.123)

Com avanço da tecnologia e o intenso uso das mídias por parte de crianças e jovens. Estamos “numa época em que a cultura juvenil se enfrenta com a cultura letrada e esse campo de batalha simbólica são os meios de comunicação” (SARLO 1997, p.102). Por conta disso, um dos assuntos mais discutidos por educadores é de como unir a educação a tais meios.

Para trabalhar com esse tema, um novo campo foi criado, a Educomunicação.

Educomunicação é o nome dado ao campo de reflexão/ação que une as áreas de Educação e Comunicação Social. Apresenta-se, na atualidade, sob a forma de leitura crítica dos meios, produção coletiva de comunicação e epistemologia. O que a torna peculiar, em todas as suas vertentes, é que ela coloca em destaque um dos temas mais importantes da nossa história: a influência da comunicação social na formação das pessoas e na consolidação da nossa sociedade. Essa compreensão, decorrente, em especial, da produção coletiva de comunicação, resgata o direito humano de todas as pessoas, independente de idade, gênero, origem ou titulação, também dizerem o que sentem e pensam sobre assuntos que julgarem oportunos por sua própria vontade ou necessidade. (Site www.educomunicacao.org.br)

Unir a educação ao uso das mídias tem sido um recurso já muito utilizado por escolas, mesmo que essa prática seja uma televisão na sala de aula para apresentar documentários já maçantes para os alunos. Contudo, o que a educomunicação busca é integrar os meios como uma forma destes estudantes produzirem conteúdos. Fazer com que eles não sejam apenas receptores de informação, mas produtores e críticos.
O sucesso desse novo método pedagógico depende de como fazer com que os alunos criem, se apropriem, manifestem seus interesses, valores, gostos e se divirtam ao mesmo tempo em que aprendem, escrevem, leem, interagem, interpretam textos e imagens. Inúmeras mídias poderiam ser analisadas para tais objetivos, porém escolhi o fanzine por ser uma prática simples, barata e de extrema utilidade, tendo em vista as reais condições de muitas escolas brasileiras.
Mas como poderíamos encaixar o fanzine como um recurso interessante para os jovens, devido às inúmeras maneiras de se expressar? Como um objeto de papel pode ser instigador numa época em que telas e aplicativos imperam na visão de “legal” desses? Como trabalhar a exposição de ideias, textos, desenhos, montagens sem usar recursos tecnológicos, sem pensar na internet, nas redes sociais? Como os professores reagem às produções de seus alunos? Estes são alguns dos questionamentos que fazem parte da pesquisa que tem como principal objetivo analisar como o fanzine pode auxiliar no aprendizado escolar.
"Tá na hora de morfar"

                                                  
                                                   Referências

MAGALHÃES, Henrique. O que é fanzine. São Paulo: Brasiliense, 1993. (Coleção Primeiros Passos)

MEIRELES, Fernanda. Zines em Fortaleza(1996-2009) In: MUNIZ, Cellina.(Org.)Fanzines: Autoria, Subjetividade e Invenção de si. Fortaleza: Edições UFC, 2010.

NASCIMENTO, Ioneide Santos. Da marginalidade à sala de aula: o fanzine como artefato cultural, educativo e pedagógico. In: MUNIZ, Cellina.(Org.)Fanzines: Autoria, Subjetividade e Invenção de si. Fortaleza: Edições UFC, 2010.

SARLO, B. Cenas da Vida Pós-Moderna. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1997.

 www.educomunicacao.org.br


terça-feira, 1 de março de 2011



Após toda correria do final de ano, eu finalmente tive tempo de voltar a escrever nesse pobre blog.
:)
De outubro para cá, minha rotina tem sido: trabalhos de faculdade, escolas, oficinas, reuniões, entrevistas de estágio... Cansou?!
Nesses 4(quase 5) meses que se passaram, eu já tive vontade de mudar até de objeto de estudo da monografia! Fico pensando: por que só me focar no fanzine, se todas as mídias podem servir como ferramentas pedagógicas?
Eu preciso é voltar a procurar livros e mais livros para amadurecer a minha real vontade. Começ
ou o 6º semestre, agora "não tem" mais tanto tempo pra ficar se deslumbrando com tudo. Falta pouco e a agonia só aumenta. Bora lá!