domingo, 18 de setembro de 2011

Arte e Educação

Criado por alunos da disciplina Arte e Educação(ministrada por Luciane Goldberg) do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Ceará, o blog EducArte é um espaço de divulgação e interação com as atividades que permeiam o contexto da arte na sala de aula. O blog também compartilha informações sobre eventos culturais fora e dentro da Universidade. Vale muito a pena conferir!
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sábado, 17 de setembro de 2011

Problematizando...


Existem inúmeras definições para fanzine. O autor Henrique Magalhães, um dos maiores especialistas no país sobre zines, explica que “o nome fanzine é uma junção de abreviatura das palavras “fanatic”(fã) e “magazine” (revista). É uma revista de publicação alternativa, independente feita de fãs de um determinado assunto, objeto ou arte e voltado para fãs do mesmo conteúdo (MAGALHÃES, 1993). No entanto, o termo disseminou-se de tal forma que hoje engloba todo tipo de publicação que tenha caráter amador, que seja feita sem intenção de lucro, pela simples paixão pelo assunto enfocado, muitas vezes com o intuito de propagação e potencialização de ideias de grupos que não possuem acesso às mídias tradicionais.
De acordo com Magalhães, o fanzine teve sua origem no Brasil na década de 1960 e não passava de “pequenos boletins mimeografados”. A partir de evoluções tecnológicas como a popularização de fotocopiadoras, essa publicação alternativa se desenvolveu e se sofisticou. No âmbito mundial, o zine teve destaque no movimento punk o qual tinha como uma das filosofias evitar a mídia tradicional; além de ser uma prática que integrava a máxima “do it yourself” (“faça você mesmo”) e de empregar a violência estética, mas ao mesmo tempo simples muito utilizada nesse movimento.
O fanzine incorpora vários fatores que fizeram dele um objeto de estudo desta e de muitas outras pesquisas já realizadas por outras pessoas. Entre estes fatores estão a criatividade, simplicidade, liberdade e o poder informativo que este produto possui. Além disso, o zine passou a ser utilizado por alguns educadores como um recurso lúdico e educativo.  E é este potencial que procuro analisar.

Essa palavra(fanzine) é considerada marginal por ser uma publicação que cresce à margem do que se oficializou como meio de comunicação impressa oficial – os jornais e revistas – e tem crescido nas últimas décadas. Se não bastasse isso, o fanzine tem margeado a escola e, mesmo sendo de baixo custo, não o incluímos na sala de aula como um recurso pedagógico que possibilita o exercício da cidadania, da criatividade e da criticidade, além de ampliar o olhar ante as imagens que nos são postas.(NASCIMENTO, 2010, p.123)

Com avanço da tecnologia e o intenso uso das mídias por parte de crianças e jovens. Estamos “numa época em que a cultura juvenil se enfrenta com a cultura letrada e esse campo de batalha simbólica são os meios de comunicação” (SARLO 1997, p.102). Por conta disso, um dos assuntos mais discutidos por educadores é de como unir a educação a tais meios.

Para trabalhar com esse tema, um novo campo foi criado, a Educomunicação.

Educomunicação é o nome dado ao campo de reflexão/ação que une as áreas de Educação e Comunicação Social. Apresenta-se, na atualidade, sob a forma de leitura crítica dos meios, produção coletiva de comunicação e epistemologia. O que a torna peculiar, em todas as suas vertentes, é que ela coloca em destaque um dos temas mais importantes da nossa história: a influência da comunicação social na formação das pessoas e na consolidação da nossa sociedade. Essa compreensão, decorrente, em especial, da produção coletiva de comunicação, resgata o direito humano de todas as pessoas, independente de idade, gênero, origem ou titulação, também dizerem o que sentem e pensam sobre assuntos que julgarem oportunos por sua própria vontade ou necessidade. (Site www.educomunicacao.org.br)

Unir a educação ao uso das mídias tem sido um recurso já muito utilizado por escolas, mesmo que essa prática seja uma televisão na sala de aula para apresentar documentários já maçantes para os alunos. Contudo, o que a educomunicação busca é integrar os meios como uma forma destes estudantes produzirem conteúdos. Fazer com que eles não sejam apenas receptores de informação, mas produtores e críticos.
O sucesso desse novo método pedagógico depende de como fazer com que os alunos criem, se apropriem, manifestem seus interesses, valores, gostos e se divirtam ao mesmo tempo em que aprendem, escrevem, leem, interagem, interpretam textos e imagens. Inúmeras mídias poderiam ser analisadas para tais objetivos, porém escolhi o fanzine por ser uma prática simples, barata e de extrema utilidade, tendo em vista as reais condições de muitas escolas brasileiras.
Mas como poderíamos encaixar o fanzine como um recurso interessante para os jovens, devido às inúmeras maneiras de se expressar? Como um objeto de papel pode ser instigador numa época em que telas e aplicativos imperam na visão de “legal” desses? Como trabalhar a exposição de ideias, textos, desenhos, montagens sem usar recursos tecnológicos, sem pensar na internet, nas redes sociais? Como os professores reagem às produções de seus alunos? Estes são alguns dos questionamentos que fazem parte da pesquisa que tem como principal objetivo analisar como o fanzine pode auxiliar no aprendizado escolar.
"Tá na hora de morfar"

                                                  
                                                   Referências

MAGALHÃES, Henrique. O que é fanzine. São Paulo: Brasiliense, 1993. (Coleção Primeiros Passos)

MEIRELES, Fernanda. Zines em Fortaleza(1996-2009) In: MUNIZ, Cellina.(Org.)Fanzines: Autoria, Subjetividade e Invenção de si. Fortaleza: Edições UFC, 2010.

NASCIMENTO, Ioneide Santos. Da marginalidade à sala de aula: o fanzine como artefato cultural, educativo e pedagógico. In: MUNIZ, Cellina.(Org.)Fanzines: Autoria, Subjetividade e Invenção de si. Fortaleza: Edições UFC, 2010.

SARLO, B. Cenas da Vida Pós-Moderna. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1997.

 www.educomunicacao.org.br


terça-feira, 1 de março de 2011



Após toda correria do final de ano, eu finalmente tive tempo de voltar a escrever nesse pobre blog.
:)
De outubro para cá, minha rotina tem sido: trabalhos de faculdade, escolas, oficinas, reuniões, entrevistas de estágio... Cansou?!
Nesses 4(quase 5) meses que se passaram, eu já tive vontade de mudar até de objeto de estudo da monografia! Fico pensando: por que só me focar no fanzine, se todas as mídias podem servir como ferramentas pedagógicas?
Eu preciso é voltar a procurar livros e mais livros para amadurecer a minha real vontade. Começ
ou o 6º semestre, agora "não tem" mais tanto tempo pra ficar se deslumbrando com tudo. Falta pouco e a agonia só aumenta. Bora lá!